
Este foi um dos destaques da 12ª edição da Marintec South America Navalshore, feira do setor de construção e manutenção naval da América do Sul no Rio de Janeiro
Foi com perspectivas positivas que chegou ao fim a 12ª edição da Marintec South America Navalshore, feira do setor de construção e manutenção naval da América do Sul, realizada entre os dias 11 e 13 de agosto no Rio de Janeiro (RJ). Lideranças setoriais e empresários ouviram de representantes do governo federal que a indústria naval e offshore retomará o mesmo ritmo de crescimento dos últimos anos e, durante seminários e debates, uma mesma mensagem esteve presente: continuem investindo.
Segundo o o coordenador geral das Indústrias Automotiva, Naval e de Equipamento de Transporte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), João Rossi, para o setor de oil & gas estão previstos R$ 108 bilhões de investimentos só na área de exploração e produção até 2019.
“Apenas isto já é suficiente para atender a demanda da indústria nacional nos próximos anos”, disse. Só primeiro semestre, segundo ele, 279 projetos navais foram aprovados no País e ações desenvolver fornecedores nacionais estão sendo ampliadas.
As políticas de Conteúdo Local não devem ser consideradas um obstáculo, ressaltou Catarina Miranda, especialista em Regulação da Coordenadoria de Conteúdo Local da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Estes investimentos previstos de R$ 108 bilhões representam muitas oportunidades para os empreendedores brasileiros. A ANP está estudando, no momento, como incentivar mais a produção nacional. Não podemos ficar apenas no papel de local onde apenas se montam os equipamentos”, afirmou.
Agenda positiva
Para JeanFrançois Quentin, presidente da UBM Brazil, responsável pela organização do evento, esta aproximação entre governo e iniciativa privada engrandece, não só feira, mas principalmente o debate sobre o segmento naval e offshore. “Esta edição da Marintec South America Navalshore ajudou o setor a formular uma agenda positiva para os próximos anos, com o objetivo de consolidar a atividade naval no País e na América do Sul. Para isso, introduzimos novidades no modelo do evento como o Fórum de Líderes, que reuniu, em um programação de debates, os principais players e lideranças setoriais e governamentais na busca de soluções para o setor”, afirmou.
Mercado atrai novas empresas e se mantém aquecido
O governo federal brasileiro quer espantar o receio de empresas do setor naval e offshore com os rumos do mercado afirmando que o caminho é continuar investindo e acreditando nos projetos previstos para os próximos anos. Há empresas como a Marine Express Equipamentos Naúticos, que encontrou na feira um novo nicho de mercado. “Viemos da navegação recreativa e, com a Marintec, conseguimos aumentar a carteira de clientes na área naval, como, por exemplo, a Marinha do Brasil. Estamos bem satisfeitos com os negócios que podem surgir a partir dos contatos que fizemos aqui. A crise é sempre um ambiente propício para novas oportunidades”, disse o diretor da Marine Express, Leonardo Prioli.